Os tropeços do ponta pé inicial...

 

 2011, ano em que surgia a ideia de criar música eletrônica... Um amigo me ofereceu dois cdjs um da Pioneer 100S e outro da Gemini 1800X. Aquilo era algo de outro mundo para mim. Eu nem sabia pra que servia tantos botões!!! Num momento de inspiração decidi que só iria usá-los quando eu tivesse minhas próprias músicas. Mas como? Se eu nem imaginava por onde começar. Sem informação nenhuma de programas ou equipamentos. Comecei então a procurar as cegas por programas. Inicialmente achei que seria algo como o Virtual DJ. É me enganei. Baixe outros mais que nem lembro o nome. Sei que quando abria e via aquela página em branco batia o desespero por saber que na verdade eu não sabia nada. Até que baixei um trial do Acid Music 5 da Sony. E durante um ano eu abria aquele programa e nada fazia. Nada mesmo. Por burrice não procurei nada de tutorial por que aquilo me apavorava tanto que eu nem parava pra pensar que o Youtube poderia me ajudar. Até que em 2012 resolvi enfrentar a fera!!! Sentei em frente ao meu computador e falei pra mim mesmo que a partir daquele momento eu iniciaria meus primeiros passos. Baixei samples, muitos vírus também. E o que eu faria com aquilo? Até me concentrar e abrir cada sample em determinados canais. Ali descobri as portas ao desconhecido que me fascinava e me levava ao seu encontro. Tracei as primeiras músicas todas de formas erradas, mas ao sabor do descobrimento tudo parecia deslumbrante.

 Comecei a baixar mais e mais samples, sempre procurando como Trance, mas só vinha Funk!!! Que lixo! Não desisti até conseguir os timbres que me conquistaram. Hora de imaginar o nome para um futuro projeto...
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A busca por um nome

 

 Foi uma fase de dúvidas e certezas abstratas. Dei vários nomes durante a criação de algumas faixas. E para o meu desânimo, já existiam todos os que eu havia imaginado e até criado uma ideologia sobre tal título. Dentre eles, DJ CMS, X-Energy, Psychronic, Hypnotrix e Dextron. Alguns com trocadilhos e mesmo assim já existiam projetos com estes nomes. Período de pesquisa abundante e estressante. E em meio a este momento de inexperiência me vi construindo algumas track’s sem nexo nem conhecimento do que eu realmente estava fazendo. Mas aquilo me fascinava e me envolvia durante horas e cada uma que aparentemente eu terminava algo me conduzia a uma nova. E mais uma vez me vi numa dúvida cruel e desta vez sobre os títulos das músicas. Eu havia feito algumas e ainda não tinha dado nome a elas. Então me veio à ideia de eternizar os nomes que havia cogitado para o projeto. Para as outras a inspiração sobre minha forte influência em Metal Industrial refletiu mais reluzente. Então formado um conjunto de 12 track’s só faltava o nome da obra, como se fosse um livro, onde as faixas seriam os capítulos. E como gosto de trocadilhos quis expressar um sentimento para aqueles esboços musicais (mesmo que sem categoria nenhuma) estavam passando.

 Intitulei então como Revoluxtron. Pois, representava 3 palavras com 3 significados propícios. REVO de revolução e era bem o que eu sentia sobre como tinha criado algo que nem sabia se daria certo e como era revolucionário mudar de vida e pensamento criando E-Music. LUX de luxúria que acredito é bem característica do ser humano em encontro com a sexualidade. E por último, TRON que é abreviação de eletrônico de onde o som originava-se. Por fim, o barulho que estava se impregnado na minha música. Contudo, organizei as faixas da seguinte maneira para dar uma aparência de um cd real.

 

 Revoluxtron

 

• Acid Dance (You are One)

• Corrosive Audio

• Encryption Human

• Don't Stop

• Hypnotrix

• Hard Melody

• X-Energy

• Checking my Circuits

• Psychronic

• Journey of the Senses

• Suffocation Density

• Spectrum Dance

 

 

K3RN3L – A origem

 

 Não me recordo, mas estava lendo alguma matéria sobre tecnologia e me deparei com o nome kernel. Putz surgia o nome ideal para o meu projeto. Um nome limpo e de fácil assimilação. Mas, o que significaria kernel? Wikipédia foi o primeiro lugar onde pesquisei. Amor a primeira vista. Segundo passo. Google. Procurei pelo nome como um projeto musical. Nada! Era este enfim. Mas como a evolução é algo infinita e você sempre acha algo novo pra fazer, desenvolver e criar. Um logotipo. Criativo e marcante como o próprio nome. Comecei a rabiscar vários formatos. Sim, isto mesmo. Desenho desde sempre. E, diga-se de passagem. Nos anos 90 criei muito logotipo para bandas de Metal do Brasil inteiro, cheguei até ser classificado como um dos melhores do país. Bom, mas soberbas a parte, não vem ao caso agora. “Enfim, para dar um aspecto mais eletrônico decidi ao invés das letras ‘‘E” no nome kernel, alterei para o número “3”. Tornando-se então em K3RN3L. De preferência todas as letras maiúsculas para expressar poder e superioridade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Nisto as primeiras palavras do K3RN3L foram...

 

 K3RN3L – Industrial Electron Project tem como principal objetivo desenvolver temas adversos mesclando a brutal realidade que nos hipnotizam e nos comandam para um abismo infinito da inconsciência tanto quanto uma sonoridade de paz interior e euforia espiritual.

Significado inicial

 K3RN3L é um grito contra a opressão política, social e religiosa. Crendo unicamente na verdade, no agora, na invasão mecânica e robótica que assola a real situação do mundo. Seu significado técnico traduz bem os ideais do projeto cujo sua nomenclatura artística expressa. Em computação, o núcleo ou cerne (em inglês; kernel) é o componente central do sistema operativo da maioria dos micros; ele serve de ponte entre aplicativos e o processamento real de dados feitos em nível de hardware. As responsabilidades do núcleo incluem gerenciar os recursos do sistema (a comunicação entre componentes de hardware e software). Então tudo circula sendo filtrado por ele, é como urbanamente falando, um traficante de informação...